quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O que esperar de 2012?

Cá estou eu para mais uma crónica semanal, numa semana em que não se passou ainda rigorosamente nada. A Europa ainda não estancou a sua crise, o primeiro-ministro já foi recebido com assobios em Matosinhos e o Sporting perdeu novamente. O Universo parece por isso estar a reencontrar o seu rumo cósmico, no que é um sinal de esperança para o ano que aí vem.

E é precisamente desse ano que me apetece falar-vos hoje. Não vai ser um ano tão mau como esperamos. Ok, os funcionários públicos vão ter um corte equivalente a quase 30% do seu salário anual. Sim, o desemprego vai aumentar ainda mais. Claro, os preços vão aumentar. Os transportes vão rarear. A gasolina vai ficar mais cara. E para todos aqueles que gostam de dizer que em ano novo, vida nova... não se podem queixar de 2012. Vai ser uma verdadeira vida nova para quase toda a população nacional.

E digo quase porque existe uma classe em Portugal que resistirá ainda e sempre às forças invasoras. Falo-vos, claro, dos funcionários do Futebol Clube do Porto, que pelo menos ainda este ano terão o subsídio de Natal por inteiro garantido pelo clube. Faria sentido manter isto no próximo ano. Afinal de contas, se o clube não responde perante as leis nacionais e se é inimputável perante a justiça deste país, faz sentido que também no âmbito fiscal fique fora destas coisas chatas da crise.

Outra das grandes mudanças para 2012 será, prevejo eu, a transformação do projecto de alta velocidade ferroviária em alta performance ferroviária. Ao invés de termos uma via dupla de alta velocidade apta a 300 km/h entre o Poceirão e Madrid, teremos sim uma via dupla de alta performance apta a 300 km/h entre o Poceirão e Madrid. Muito mais racional!

2012 também será o ano em que se celebrará para os lados de Alvalade o 26º aniversário da goleada por 7-1 ao Benfica. Sim, tudo bem, acabaram por até ficar longe de ganharem esse campeonato (conquistado precisamente pelo Benfica), mas isso é um mero pormenor. Mal estaria o Sporting se só contasse como títulos os títulos conquistados.

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