terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2012 e a 'Concretização de Sonhos'

Ora muito bem. O Natal já passou, podemos finalmente voltar a ser aquelas pessoas miseráveis outra vez. E por amor a Deus, que não vos apanhe a tentar criar resoluções para o novo ano. Não porque ache cliché e demagógico (que encaremos a verdade, é) mas porque não vos quero ver a cair no longo e escuro túnel da decepção que vai ser o nosso ano de 2012. Eu pessoalmente, não escrevi uma lista de 10 resoluções mas antes uma lista de 10 regras básicas de sobrevivência que inclui como construir uma casa em cartão debaixo de uma ponte. Falando do coração, o meu único desejo para 2012 consiste em ter a sorte de encontrar uma casa devoluta com casa-de-banho.

Depois temos a temática: mensagens de Natal. Existem duas categorias conhecidas. Uma consistindo na mensagem de paz e amor e tudo que é bom e santo no Natal. A segunda trazendo a temática malandra (todos nós estamos a par do potencial erótico de receber um belo par de meias das mãos da avó), com inuendos muito pouco subtis envolvendo o Pai Natal e várias renas numa orgia natalícia. A estas duas junta-se a mensagem de Natal do Primeiro-Ministro, que consegue ir buscar um pouco das duas categorias acima descritas, mas com um pouco menos de conteúdo. Resumidamente, a estrutura do discurso de Passos Coelho passa por enumerar os várias problemas que todos nós conhecemos e depois concluir tudo com palavras de esperança, adicionando a palavra “sonhos” lá para o meio, só porque é Natal e assim, e no Natal é bonito falar de sonhos.

Da minha parte, desejo-vos a vós, queridos leitores que foram bafejados com a sorte de ainda ter um computador com internet, um novo ano com alguma saúde, paz moderada e acima de tudo boas emigrações. Desejo-vos uma agradável Holanda ou uma sossegada Polónia. Vamos tentar evitar a Albânia.

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