segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Consequências do meu pensamento filosófico #3



Eu no outro dia estava numa rua das inúmeras ruas que existem por esse Portugal fora, e tenho a felicidade de assistir aquele típico festival celta automobilístico (sim, festival celta é uma metáfora para buzinar). Do ponto de vista da aerodinâmica, o carro parece uma bonita invenção. E nesse dia continuava a parecer uma bonita invenção, até ao momento em que dois indivíduos, sem razão aparente, começam a assediar a buzina pela frente. Resultado: os decibéis a registarem recordes históricos e as minhas orelhas a pedirem para usar o método do Van Gogh. No entanto, é nestes momentos que costuma aparecer a terceira e sempre misteriosa buzina. Entra sempre receosa e algo tímida, mas confiante que os seus sentimentos não ficarão guardados para si. É uma espécie de Super-Homem das buzinas. Sempre que há perigo à espreita, lá aparece, pronta para serenar os ânimos. Para vos exemplificar melhor, o que acontece é isto: 

          

          Há uma primeira buzina que começa isto tudo; há a segunda buzina que responde ao que a outra buzina, buzina; e há a grandiosa terceira buzina que aparece vinda do nada. O que terá levado a expressar-se de uma maneira tão heróica e sucinta?! Apenas sei que  fez toda a diferença no mundo de um rapaz de 20 anos. Isto porque graças ao seu som monofónico, é que reparei que estava em contra-mão pronto para atropelar uma velha de bengala. Por isso, demonstro aqui a minha gratidão, visto que aquela velha, afinal, era a minha avó Amélia. O meu muito, mas muito obrigado!

2 comentários:

  1. Eu ia buzinar com a famosa buzina que toca "la cucaracha", mas só digo que a expressão: não há duas sem três" assumiu uma nova dimensão, muito para lá da performance sexual, afinal havia outra, sim, a 3ª buzina, a que te despertou do transe em que estavas imerso e te permitiu não passar a ferro a tua querida avózinha, acredita, dei por mim a terminar de ler o teu texto, comovido até ao íntimo do meu ser, chorando como uma madalena arrependida, por não teres morto a velhinha nem partido a sua bengala, amparo dos seus dias de velhice...

    Ass. KNOPPIXAS

    ResponderEliminar
  2. Para mim, tudo o que seja velhinhas é para ir à vida. Ocupam muito espaço no autocarro. Claro, lá está, menos a minha avó. Também, porque mede 1.45m.

    ResponderEliminar