terça-feira, 8 de novembro de 2011

Este meu país

É com uma mistura de esperança e pesar que sigo a situação delicada de Duarte Lima. Primeiro porque temos um procurado pela Interpol que mesmo sendo estupidamente rico, pode eventualmente ter matado uma senhora por questões de dinheiro. Isto dá claros sinais à comunidade internacional que nós, portugueses, temos a capacidade de fazer o que seja preciso para ganhar mais uns euros, e até quem sabe, se Nossa Senhora de Merkel quiser, conseguir sair da crise. Por favor, não prendam Duarte Lima, nomeiem-no professor catedrático.

Por outro lado, um sentimento de pesar por ver que a dificuldade de tirar Duarte Lima de Portugal não se aplica no sentido oposto com o trânsito de jogadores brasileiros. Tivesse o Brasil um Jorge Mendes ou uma SAD portista/benfiquista/sportinguista (não quero andar à bulha com ninguém) e tinham o caso resolvido numa semana.

A nível um pouco mais pessoal, fiquei particularmente sensibilizada por duas notícias. A primeira, que se prende com o IVA do golf a manter-se a 6%, o que é um alívio para todos nós. Só o pensamento de ver aquela gente com camisolas aos losangos a terem que se afligir mandando bolas de 23% para o horizonte de forma relativamente indefinida (desculpem, é tudo o que entendo de golf), tirava-me o sono.

A outra notícia, um pouco mais discreta mas que mexeu bastante comigo, é referente a um sem abrigo que se encontra em tribunal por furtar chocolates. Seis chocolates, para ser mais precisa.


Alegra-me que os tribunais andem finalmente com a cabeça no sítio. Pedofilia, branqueamento de capitais. Isso é banal. Roubar não um, não dois, mas seis chocolates. Isso só para os mestres do crime. E isso tem que ser combatido. Com determinação.

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