quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

As montras de Amsterdão

Finalmente as festas ficaram para trás, e podemos voltar a ser nós próprios, sem florearmos as nossas atitudes com adoçantes perfeitamente hipócritas quando encontramos família que não vemos há imenso tempo pela frente. E essa máscara nota-se que já toda a gente a deixou cair, como se tem visto pela cambada de invejosos que também queriam ter dividendos da Jerónimo Martins e queriam ir pagar os impostos aos Países Baixos.

Os Países Baixos poderiam ser a nova nação dos portugueses. Vejamos, têm boa parte do país abaixo do nível médio das águas do mar. Boa parte da população portuguesa também tem boa parte dos seus rendimentos bem abaixo do nível médio de endividamento que contraiu na última década. Os Países Baixos têm pontes para que rios passem por cima de estradas, o que é algo tão inútil como grande parte das auto-estradas portuguesas. E para um povo tão cabisbaixo como o nosso, trocar o Sol português pelas nuvens holandesas seria apenas dar alguma justiça ao mundo... as nuvens a quem não vê o céu! - parece-me perfeitamente razoável.

Seria inclusivamente a forma de finalmente alguns investimentos que realizámos em Portugal passarem a ter alguma viabilidade. O Porto de Sines podia finalmente tomar o seu lugar como grande plataforma logística europeia, porque obviamente os nossos políticos tratariam de arruinar o porto de Roterdão e abrir finalmente portas à visionária infra-estrutura portuária alentejana.

Outro assunto a dominar a semana foi a ligação que Domingos Paciência estabeleceu com as papas Cerelac. Depois de muitos jogos amamentado pelos senhores do apito, o Sporting prepara-se agora para a fase de caminhar sozinho. Para já deu um trambolhão em Vila do Conde, mas Roma e Pavia não se fizeram num dia, certo?

E como diria o Jorge Jesus, mais coisas certas haveriam para dizer com as palavras erradas, mas por agora vou-me aguentar.

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