domingo, 19 de fevereiro de 2012

Suporífero

Escrevo. Escrevo com sono. Verdade, isto não é mais uma daquelas prosas de ir ao cú de escritores como eu duvidosos e que apreciam referências caralhescas ao sofrimento de viver e merdas. Tenho mesmo sono, dormi duas horas e meia e não estou no pleno das minhas capacidades físicas ou psicológicas. O que explica este post.

Estava a pensar ir ali beber um copo a um lado qualquer sem os óculos e engatar uma gaja feia, só porque sim. Almocei cereais, mas as pessoas dizem-me para tentar ver o lado positivo das coisas e que ao menos não tenho um trabalho onde esteja diariamente sujeito a intempéries, erupções vulcânicas ou entradas a pés juntos do Bruno Alves. Isso dá-me alguma paz de espírito, nem que seja até à próxima vez que a Júlia Pinheiro grita dentro da televisão.

Sobrevivo, digamos, sem mazelas ou lesões de maior importância - exceptuando talvez as cerebrais, que são muitas. Quase tantas quanto as do professor Aníbal, que já não está na flor da idade e volta e meia é apanhado a correr todo nu pelos corredores do Palácio de Belém com um laçarote de embrulho enrolado no escroto e a cantar Nelson Ned. O que não deixa de ter a sua beleza e meter também algum nojo.

Mas para o que deu ao stôr Aníbal esta semana foi para fugir a uma visita escolar para não apanhar assobios, apupos e quem sabe restos de bolo-rei que esteve na sua boca nos anos noventa. Fugir de uma visita escolar e de convívio com jovens rapazes, quem diria? Carlos Cruz chamaria a isto, com dizem as pessoas, um figo. Isto se considerarmos um figo uma fruta boa, porque para quem não gosta de figos não faz grande sentido usar esta expressão.

Por falar em Carlos Cruz, já há cerca de várias horas que não vejo o homem na televisão a chorar baba e ranho e a dizer que está inocente. É como aquele programa lá da senhora que fala com os mortos, uma pessoa sabe que é aldrabice mas não deixa de ter o seu valor como entretenimento para toda a família.

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