É o drama, o horror... Bem, vocês sabem. É uma conhecida citação do lendário Artur Albarran.
Citar Artur Albarran era algo a que aspirava desde os tempos de juventude, coisa que abandonei por momentos mas não ainda completamente. Quando me apanharam no emprego a brincar com um Power Ranger, deduziram que sofria de um atraso mental. Quem sou eu para o negar.
Fica sempre bem falar dos tempos de jovem. Quando se é mais velho, fala-se desta coisa chamada “o meu tempo” que confesso ainda uma certa dificuldade em compreender. Como se depois de uma certa idade o nosso tempo passasse e nos tivéssemos que entregar a uma existência de cadáver ambulante. É triste pensar que a única coisa boa de uma vida inteira são alguns anos e o resto nada representa. Uma existência de acne, barba rarefeita e consecutivas idas a festivais de verão não é propriamente a melhor coisa do mundo. Mas é, por exemplo, melhor que calcetar o dedo pequeno do pé com um martelo.
Em todas as formas de existência há coisas bonitas. O casamento, o primeiro filho ou o aparecimento da barriga de cerveja são tudo momentos de uma beleza universalmente única. Mas é difícil para alguns seres humanos acreditar que, mesmo no crescimento de pêlos nos ouvidos, há uma divina poesia.
Venho de uma geração de que se fala nos noticiários, sempre naquele tom naturalmente pessimista, que o optimismo não vende. Não estamos assim tão fodidos. Não é tudo assim tão mau como parece. Garanto que não me ver daqui a vinte anos numa qualquer peça youtúbica a fazer amor com o José Castelo Branco. Quanto a pessoas de outras gerações, já não garanto nada.
Pensar positivo.
Pouca choraminguice.
O mundo é nosso, não há que ter medo.
O mundo é nosso, vamos com ele brincar.
E estas duas últimas frases pertencem a Adolfo Luxúria Canibal.
É preciso é saúdinha.
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