O Papa foi a Cuba, e cumpriu assim mais uma visita de estudo a um país cujo Deus existe e é de carne e osso. Fidel Castro mesmo debilitado continua a ser a (débil) luz que ilumina um país rendido à eficácia do comunismo. Chegam a haver menos crianças com a vida destruída do que aquelas de que a igreja católica trata no resto do mundo, e os carros cubanos são menos foleiros que o papamobile.
O papamobile é uma espécie de tanque saído do purgatório. Manteve a sua indestrutibilidade, mas ganhou aquele ar angelical (ou homossexual, como preferirem), com a sua superfície vidrada a substituir o canhão e o branco a fazer esquecer as tonalidades de verde. No entanto, nem todas as purgas são perfeitas. O tanque conseguiu regressar à terra, mas actualmente serve a criminosos mais sanguinários do que quando percorria as planícies da Europa Central à caça de nazis ou de aliados.
Voltando a Cuba, nunca ninguém questionou a irmandade de Fidel e Raul Castro? Eu acho que a irmandade se resume ao nome. Um tem barbas, perfil de guerrilheiro destravado da extrema-esquerda e é alto. O outro é baixo, não tem pilosidade facial e tem a postura de um Pinochet. Além do mais Fidel aguentava proferir discursos de oito horas, e o seu irmão pelo que se viu na visita do Papa mal consegue aguentar ouvir umas palavras sofregamente ditas durante 15 ou 20 minutos pelo ancião do Vaticano.
Para finalizar, a deliciosa coincidência de também em Cuba alguém na multidão ir preso por gritar palavras de ordem contra o regime. Experimentem ir ao Vaticano clamar por Satanás, e verão o que vos acontece!
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