Portugal é a razão da existência da teoria da relatividade. Cada vez mais estou convencido disso mesmo, senão veja-se o seguinte: somos o país da abstenção violenta, da vitória mentirosa e do insignificante desvio colossal.
Depois de António José Seguro ter esmagado o parlamento português com a sua violenta abstenção no orçamento de Estado, um outro ícone carismático proferiu, em Manchester, que a derrota da sua equipa foi uma derrota mentirosa. Uma coisa que a vida me ensinou, foi a não esgrimir argumentos com quem é mais especialista que eu na área em causa. Não irei por isso contradizer uma análise feita por especialistas em vitórias mentirosas.
A relatividade é uma coisa maravilhosa. Por exemplo, um jogador com um nome tentador para trocadilhos que versem sobre a temática das dificuldades motoras, recusou-se a escrever por inteiro o nome de um seu rival, e horas depois indignou-se no Facebook, pedindo respeito para consigo. Reparem na fina ironia de o ter feito no Facebook, o mesmo local onde Cavaco Silva se tenta abstrair dos seus problemas económicos e onde António José Seguro (sempre ele!) diz tudo aquilo que não diz nas reuniões com o primeiro-ministro.
Outro assunto do dia é a perda de mais um caso pelo advogado José Sá Fernandes. Bom, ele perder um caso em tribunal não é propriamente notícia, até porque aquilo parece ser um assunto de família. Quem não se lembra da iniciativa do outro Sá Fernandes no Túnel do Marquês? Se calhar o Rui Pedro até trabalhava lá no estaleiro, e a interrupção das obras fê-lo emigrar para longe do país.
Mas o que é mais espantoso em José Sá Fernandes, para lá claro da sua magnífica colecção de chapéus (de tanto apanhar bonés, presume-se), é a forma como se relaciona com as câmaras de televisão. O homem consegue derrotas mais clamorosas que as do Sporting, mas ainda assim em frente à comunicação social consegue sempre dar a ideia de que é o comandante do Barcelona!
Notável, como tudo é relativo!
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