Todos os portugueses têm um grande sonho - ganhar o Euromilhões. Todos, sem excepção, têm um plano secreto caso a sorte grande lhes bata à porta. E normalmente esse plano inclui fugir para outro sítio, o que diz muito de Portugal. Claro que, à falta de melhor, resta ao comum português juntar-se a um partido político (daqueles que ganham eleições e tudo). Aí tudo funciona um bocado como a lotaria - mesmo sem qualificações, talentos ou qualidades podes ganhar boa massa.
É tudo bonito. Talvez tenha sido assim com o senhor Catroga.
“Epá, para quê jogar nisto do Euromilhões se posso ajudar um gajo de Massamá que acabou a escola aos trinta e cinco a chegar a primeiro-ministro e ele depois compensar a minha ajuda com um lugar numa empresa pública que depois deixa de ser?” Já estou a ver o próximo slogan de campanha - PSD: a criar excêntricos todas as semanas.
O que será que os novos ricos super mega talentosos gestores/emplastros do monopólio EDP vão fazer com o dinheirito do seu ordenado? Dar aos pobrezinhos? Comprar um helicóptero aos netos? Adquirir um país? O céu é o limite. É uma laranja mecânica. Uma maioria, um presidente e um assalto à mão armada. Ufa, não é que eu hoje acordei bué da político?
Mas o melhor disto tudo é que deixam uma ASAE na mão desta gente, que é mais ou menos a mesma coisa que dar um emprego num jardim de infância ao Carlos Cruz.
Há quem já lhes chame a Santa Casa, mas não. Com os tachinhos que distribuem, são mais a Ideia Casa. O que é nice.
Agora mudando de assunto que a política dá-me cólicas, nunca compreendi o choque com as notícias do Castelo Branco ter participado em orgias. Onde é que está a admiração? Até parece que estamos a falar de uma pessoa normal, e não de um sujeito que acha que é uma gaja, aparece no tribunal vestido de Gaddafi e namora com um cadáver. Estranho não é o José Castelo Branco participar em orgias. Estranho é alguém querer participar numa orgia onde está o José Castelo Branco. Isso sim, devia ser motivo de investigação pelas autoridades. E já agora psicólogos.
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