Que privilégio este de escrever no dia em que nasceu o menino Jesus. Menino esse que, diga-se, também não teve propriamente pouca sorte. Pelo menos os três reis magos não se chamavam Carlos Cruz, Farfalha e Bibi, o que parecendo que não foi um descanso. Depois, porque os verdadeiros reis magos seguiram uma estrela, o que me deixa a pensar que neste período da história da humanidade se fumava quantidades industriais de haxixe.
Será chuva? Será gente? Não, são as lágrimas dos norte-coreanos a cairem no meu telhado que nem jactos de urina. Desde que morreu o Kim Jong que aquela malta não parou de chorar, bolas. Mais um ditador que, enfim, lá bateu a bota este ano e se encontra neste momento a fazer companhia ao Gaddafi e Saddam. O que me parece algo despropositado, porque com mais um ditadorzito os homens já tinham um parceiro para jogar à sueca. Resta-lhes o bilhar, quem sabe de bolso.
Quando vi as imagens daquelas pessoas na Coreia do Norte a chorar pela morte do “querido líder” não pude deixar de pensar que ali o problema não é tanto as pessoas passarem fome, mas andarem a comer o cocó. Se bem que já tenho assistido a este fenómeno em concertos do Justin Bieber e Tokio Hotel e sabe-se lá mais quem, o que me deixa a pensar que o culto do chefe é um fenómeno global. Ou pelo menos quase tão global como a degustação de fezes.
Estou confuso com esta história da EDP ser comprada pelos chineses. Eu e os gajos do PCP, que provavelmente têm atravessado dias difíceis quando se vêem obrigados a concordar com uma medida deste lindo governo liderado por Steps Rabbit e Troika. Para não falar do facto da empresa chinesa se chamar “Três Gargantas”, o que mais parece nome de um filme da Cicciolina.
O que se calhar até vem ao acaso, convenhamos, que isto das pessoas da política fazerem coisas pornográficas com o dinheiro dos outros já é hábito. Por outro lado, vimos também que o segundo governo a contar com Paulo Portas (quem?) no seu elenco aprendeu bem a lição e rejeitou as propostas europeias pela EDP. É que isto de negociar com países de primeiro mundo às vezes acaba com pessoas na prisão e isso não dá jeito nenhum. Assim é pouco provável que se venha a falar de corrupção deste ou daquele ministro com os chineses, quando daqui por quatro anos terminar o reinado de terror de Passos Coelho. É que os chineses são peritos em abafar cenas - à moda de Tiananmen.
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