quarta-feira, 4 de abril de 2012

Portugal e as suas onomatopeias

Há flagelos que assolam a sociedade e ameaçam estilhaçar os pilares de uma comunidade com valores.

Há de facto corrupção. Há deveras branqueamento de capitais. Há com certeza assalto à mão armada. Infelizmente, o que também há, é Xana Toc Toc. Sim, essa matulona da Xana Toc Toc.

Para quem não sabe, Xana Toc Toc é uma mulher feita, que decidiu apostar numa carreira artística que passa essencialmente por cantar canções que falam sobre...não sei sobre o que falam as canções dela. Na medida em que não falam de nada. É só vê-la por aí de roupinhas cor-de-rosa e lacinhos montada numa desgraçada de uma bicicleta.

Em resumo, não percebi bem o que é que ela anda a cantar tirando a parte em que diz que é muito curiosa e que gosta de bater de porta em porta a fazer perguntas. Eu tenho um nome para isso, chama-se bisbilhotice e tenho duas vizinhas assim. Uma delas têm sempre a casa a cheirar a peixe frito.

Depois diz que gosta muito de aprender, porque isto é um disco para crianças e as crianças sabem que têm que aprender. Bons eram os tempos em que, ao contrário de hoje com as Xanas Toques Toques deste mundo, o único incentivo que os miúdos tinham para estudar era tentar não levar na tromba. Existem valores que se perdem e eu condeno isso.

Sim, passou-se uma semana e a única coisa que vim aqui escrever foi sobre uma mulher/caixa-de-crayons que sempre que sai à rua desencadeia três ataques epilépticos por minuto. Perdão, peço perdão.


Ainda uma palavra de carinho dedicada a esse anónimo que tem como trabalho ter que sair da sua masmorra todos os anos e vir desenhar o já clássico nariz de pinóquio no político da actualidade para o dia 1 de Abril. Obviamente um trabalho a recibos verdes e sem subsídio de alimentação.

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